Após dezesseis anos amargurados e ausentes das disputas internações nas olimpíadas, nossa pátria retorna ao cenário internacional do basquete mundial, como a principal potência latino-americana para a disputa de Londres em 2012. No dia 10 de setembro de 2011, às “pós-vésperas” de nossa independência, nosso povo recebe as honras de poder torcer por uma equipe no basquete. O Brasil retorna às olimpíadas para retomar a tradição de seu bicampeonato mundial e sua histórica vitória contra os norte-americanos em 1987 nos jogos pan-americanos de Indianápolis. Esse grande feito é de fato uma necessidade para o desenvolvimento do basquete no país. Ele marca uma retomada da memória histórica das grandes tradições que esse esporte possui nas terras tupiniquins. Uma seleção com uma baixa média de idade consegue agraciar todos os corações de brasileiros apaixonados pela modalidade. Acima de tudo, e mais importante, a atual seleção brasileira quebrou inúmeros paradigmas no esporte profissional, pois nos deu uma lição quanto ao nacionalismo e a defesa de nossa pátria. Sem contar com a maioria dos “medalhões” da liga americana de basquete – a NBA – deram um exemplo e mostraram que o esporte pode – e deve – representar as nações para além do simples interesse financeiro.
Jogadores do nível de Leandro Barbosa e Nenê – reconhecidos atletas na liga norte-americana – refutaram a trabalhar em prol da competição que levaria o país às olimpíadas. Alegando a necessidade de estarem com a família e/ou problemas pessoais, ambos se negaram a vestir o uniforme “verde e branco” (cores oficiais do uniforme do basquete nacional). No entanto, para quem conhece a estrutura altamente monopolizada pelos altos salários e o entretenimento financeiro, sabemos que jogar atualmente pelas seleções nacionais, se caso comparado a atuar pela NBA, significa, para os atletas, um possível prejuízo. Apesar de não contar com os medalhões o então técnico campeão das olimpíadas de 2004 e atual técnico da seleção brasileira, o argentino Ruben Magnano pouco se importou com a mesquinharia desses jogadores e montou uma base de atletas sólida, disposta a defender nossa terra em mais uma competição internacional.
O exemplo de nacionalismo de jogadores como Marcelinho Huertas - sem dúvida o melhor armador da competição -, Marcelo Machado, Marquinhos, Caio, Rafael, Guilherme Giovannoni, Alex e Cia. limitada, nos dão esperança de que as seleções nacionais ainda podem preservar o esporte da mesquinharia profissionalista que busca comprar os atletas e tratá-los como simples objetos. Diante desse dia histórico, percebemos que existem aqueles que se venderam a essa lógica, e outros, que foram atrás da honrosa glória de representar nosso país, apesar de todos os prejuízos que poderiam profissionalmente acontecer com suas carreiras nos seus específicos times.
Por todos esses motivos, uma singela homenagem aos bravos lutadores da vaga para Londres no basquete masculino precisa ser aqui ratificada. Diante das contradições que a modalidade vive, numa berlinda entre a oligopolização do esporte na América do Norte e a chance de poder representar nossa pátria no cenário internacional, a heróica realização desses atletas ficará marcada como um grande exemplo de nacionalismo que, assim como uma fênix, retorna aos corações das multidões brasileiras para que as mesmas sintam uma esperança de mudança nos valores atualmente consagrados pela sociedade capitalista quanto ao esporte e sua função social.
Parabéns aos atletas da seleção brasileira de basquete! Viva o basquete e a pátria brasileira!
André Luan Nunes Macedo (Atleta do time de basquetebol de São João del-Rei)
Texto show de bola, resume muito bem o cenário em que vive a seleção. E hoje mais tarde é torcer para o Brasil, mais uma vez "DOUTRINAR" nosso hermanos. Vamos Brasil!!!!1
ResponderExcluiragora eh olimpiadas! haaaaaaaaaaaja coração!
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